- "Moda é aquele momento em que o que se está vendo diante de você é tão magicamente transportável que você prende a respiração e depois se esquece de soltar o fôlego" Mark Holgate
Clare Waight Keller disse ter pensado numa mulher que passa da adolescência para a vida adulta. E o resultado foi uma coleção com um quê de colegial; com capas, casacos e saias com suspensórios, além das malhas trabalhadas. O lado adulto da coleção ficou por conta da escolha dos tecidos. Na sequência final apareceram saias na altura dos joelhos, dando um ar senhoril. O poá transparente deu o toque no outono/inverno da marca. As botas masculinizadas contrastaram com toda a beleza clássica do desfile. Lindo, Lindo!
"Suite francese". É esta a mensagem por trás do desfile da Louis Vuitton. Nesta temporada o estilista da etiqueta, Marc Jacobs, criou uma mulher dos anos 40.
O cenário do desfile tem a atmosfera de um hotel. A inspiração vem do protagonismo típico das novelas de Irène Némirovsky: Mulheres que vivem um amor burguês com o homem errado, que estão sempre se questionando, que vivem com um senso de culpa.
Modelos emergiam por diversas portas e andavam por um corredor-passarela de camisolas e pijamas chiquérrimos. Robes que servem para ir a um jantar fino, roupas que misturam uma ideia de conforto, intimidade e sedução. Como se estivessem saindo do hotel, depois de um encontro fugaz, vestindo a primeira coisa que aparece pela frente. O foco, no entanto, são os acessórios: Para esta temporada a casa escolheu materiais inusitados e preciosos como marabu, penas e couro de jacaré.
O 2º desfile de Hedi Slimane pela Saint Laurent deixou uma coisa bem clara: sua garota é roqueira!
As modelos tinham um quê de Courtney Love – vestidinhos babydoll, xadrezes ou floridos, usados com camisa de flanela (roubada do namorado?), cardigãs máxi, jaqueta de couro de estimação e casacos de pele volumosos. Pense em Penny Lane, a garota groupie de “Quase Famosos” (2000)! As meia-calças com brilhos e as botas cuturnos mesclavam-se. O grunge certamente não agrada todos os tipos de mulheres, mas para as que que gostam, estava maravilhoso.
Faz menos de um ano que o educado Raf Simons foi indicado como diretor criativo da Dior. Desde então, o estilista belga já apresentou 3 coleções para marca e seu trabalho se mostra consistente. Neste outono-inverno Simons, que tem verdadeira paixão pela arte, aposta no clássico e feminino, inspirado pelo trabalho de Andy Warhol. A casa, aliás, colaborou com a fundação do artista pra conseguir as ilustrações que estampam as diversas peças. Além da Pop-art, o Surrealismo também permeou a coleção – inclusive o cenário, com nuvens e bolas prateadas. Com uma trilha sonora de palavras faladas de Laurie Anderson, o estilista retira o moderno mash-up e mostra que está mudando a cara da Etiqueta.
Um globo giratório enorme ao centro; o público esperava no majestoso Grand Palais de Paris para assistirem o desfile da Chanel. Sobre as formas dos cinco continentes ao chão as modelos desfilaram a coleção outono/inverno da grife comandada por Karl Lagerfeld. A cada temporada a maison mais famosa do mundo impressiona pela grandiosidade de seus shows. É tudo muito bem feito, muito bem detalhado, perfeito. A impressão que dá, é a de que somos apenas pequenas formigas admirando os gigantes looks passarem ali, bem diante de nossos olhos. O mundo já ama a Chanel, mas o Kaiser fez questão de reforçar a ideia e se voltou para essa temática. Na trilha-sonora, “Around The World”, do Daft Punk. E nas modelos, muito tweed em casacos com golas altas combinando com saias míni, muitas vezes pregueadas e com a parte de trás mais comprida – o efeito é de um terno caudausado como vestido. Chapéus de aviador em rosa e azul, que aliás, foi um ponto comum nessa temporada 2013/2014 entre as grifes. E jeans. Sim, calça jeans. Como sempre, a coleção mais comentada, para ninguém botar defeito!
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