Tomando Cinderela como espelho, as mulheres desde então se aventuram à procura de um conto de fadas. Na realização máxima da felicidade amorosa, elas sonham em perder seu sapatinho de cristal acidentalmente em alguma escadaria charmosa e que um príncipe a procure, a corteje no dia seguinte uma vez que ele seja bem educado, rico e bonito. Certamente muitas dessas mulheres sonhadoras tenham ficado para trás num tempo mais romântico e de desigualdade de gêneros onde elas realmente acreditavam que o topo da vida era se casar e viver eternamente feliz. Desse tipo, poucas delas sobraram e muitas entre essas não assumem a síndrome de princesa. Mas desde quando mulheres gritaram "We Can Do It!" as coisas mudaram bastante e em busca de igualdade elas se modificaram, enrijeceram o romantismo e o colocaram na gaveta, arrearam as mangas e foram a luta, hoje são independentes e trabalhadoras, ainda belas como princesas mas responsáveis como reis. Por exemplo em casos bem comuns hoje em dia em que mães solteiras educam os filhos e alimentam toda a família, com orgulho, vontade e naturalidade. Obviamente na maioria das vezes nada na vida dessa mulher moderna envolve algum príncipe, que dirá encantado.
De páginas de um livro infantil até a realidade que nos ronda, o quanto existe de verdade nessa busca por felicidade? Há questionamentos quanto ao amor dessas mulheres sonhadoras se pensarmos que não há ali um real sentimento e sim a busca por consagrar-se realizada. Mesmo tendo ideais opostos, tanto princesas quanto mulheres, ambas procuram se realizar naquilo que buscam. Amor é consequência desde que a realização seja alcançada seja na independência ou no casamento. Há um pouco de cada uma na outra, toda mulher usa o disfarce de princesa para correr atrás de seus objetivos seja ele qual for. Ou da maneira que for. Ou para aquelas extremistas que batem no peito defendendo seu direito de não ser princesa. Para todas elas existe uma verdade.
A exemplo dessa pluralidade feminina está Fernanda Lima, a musa de agosto do blog. Toda Cinderela que existe nela não anula a força e independência presente em sua personalidade. Criada no sul do país, ela começou cedo a ser independente, já trabalhando profissionalmente como modelo aos 14 anos. Um criança que supostamente sonhava em ser princesa teve que encarar o mundo e construir as pressas uma personalidade forte e um amadurecimento instantâneo para lidar com a carreira e a distância da família. Aquela garotinha que morou 4 meses no Japão, não teve muita escolha ou chance de sonhar, a realidade consumiu seu dia a dia e naturalmente ela foi levada à um estado precoce adulto. As responsabilidades e compromissos de uma carreira de sucesso alcançaram escalas absurdas quando Fernanda começou a trabalhar na TV. Ela passou pela MTV Brasil, Rede TV e Rede Globo onde permanece até hoje. Uma vez modelo sempre modelo, agora apresentadora, algumas vezes atriz, não necessariamente nessa mesma ordem. Poder feminino ativado no máximo. Ela representa para muitas mulheres o topo, um exemplo de objetivo a ser alcançado. A mulher moderna que mostra o muque mas dá um jeito de estar vestida como uma princesa. A mistura perfeita entre capacidade, poder, beleza, doçura e romantismo.
E onde fica a família nessa história? Esse conceito evoluiu muito com o tempo por conta dessas e outras revoluções, o desenvolvimento entre relações humanas é crescente e gratificante a cada dia com as novas tecnologias e a comunicação imediata através da internet. Fernanda possui essa modernidade e provou ser mais princesa do que nunca quando achou seu príncipe. Não que fosse uma busca óbvia, com a dedicação e entrega de Cinderela, mas uma busca natural, um evento comum aqueles que ainda tem coração e bom relacionamento com as pessoas; quem gosta de gente. Apesar de todo seu conhecido poder e independência ou sua beleza de sucesso, ela conquistou o coração de um belo jovem rapaz, o também modelo e ator Rodrigo Hilbert. Sem dúvidas quanto ao físico de príncipe do rapaz, ou sem provas nenhuma de seu comportamento interpessoal e personalidade, não deve se negar que ele é apesar das considerações, o par perfeito para aquelas que hoje ainda sonham, as modernas Cinderelas, ou talvez não. Quem pode afirmar? Mas o que parecia improvável ao conceito de modernidade e realidade figurada aconteceu. Aconteceu novamente, o príncipe e a princesa ficaram juntos, a exemplos de raros outros casos por ai. Fernanda e Rodrigo começaram uma relação em 2001 e vivem juntos até hoje como um casal, moderno, não formalmente, mas ainda sim, ao que parece, feliz. Ou não. Que fique bem claro que nada além de físicas semelhanças e suposições superficiais é composto essa comparação entre Cinderela e Fernanda, o que é afirmação de fato é que esse casal moderno ultrapassou aos montes o fim misterioso dos contos "E viveram felizes para sempre". Nada se sabe da vida dessa tal Cinderela que até então era feliz e desejava que assim permanecesse, pela eternidade. E para sempre é muita coisa, é demais. Fernanda Lima e Rodrigo tiveram dois filhos de uma vez só, gêmeos lindos nascidos no dia 18 de abril de 2008. Isso com certeza deve ser bem melhor do que o eterno.
Tudo isso para construir um perfeita para as mulheres de hoje, que assim como Fernanda, essas Cinderelas modernas são independentes, fortes, decididas, sonhadoras por direito, detentoras de poder, trabalhadoras, amorosas, verdadeiras. Querem príncipes ou sapos, mas com o pé no chão, se valorizam e buscam sucesso. Amam. Protegem o lar, a família, os amigos, os amores. Acima de tudo está a verdade, deve se respeitar a individualidade e o desejo o resto depois se escreve. Depois vem uma nova história.
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