O exército Viking de Tufi Duek


A cultura Viking foi a inspiração do desfile da Tufi Duek, segundo o próprio estilista, depois de assistir a animação da Dreamworks "Como treinar seu dragão (2010)" a personagem Astrid lhe chamou a atenção por ser uma garota forte, que convivia com homens, mas mesmo sendo uma guerreira continuava sendo feminina. Ele então começou a pesquisar e buscar referências sobre o assunto, até que se deparou com o seriado "Vikings (2013-2014)" e percebeu bastante similaridade com o visual de Astrid da animação, a partir desse comparativo de imagem real, desenho e história, ele começou a traçar a linha criativa que desceria a passarela no seu inverno 2015.

A passarela ampla abrigou uma coleção basicamente inteira de vestidos, com a cintura bastante marcada e uma saia levemente aberta em evasê, para deixar feminino. Nas pregas das saias, bordados com aplicação de cristais negros e canutilhos. A simetria também fez parte de alguns looks com comprimento curto na frente e uma calda longa atrás para causar impacto.

A top Isabeli Fontana abriu o cortejo usando um look super fofo e feminino, uma saia com aplicação de canutilho na cor vinho e o couro desenhado no top. Falando em couro ele não poderia deixar de pontuar por toda a coleção a considerar o tema desse inverno, ele seguiu aparecendo em coletes, em acessórios como os cintos e nas leggings. A amarração das botas altas realmente lembraram o visual de guerreiros vikings com um ar moderno de fetiche. O metalizado da fibra de metal apareceu em tops e nos vestidos sequinhos curtos, que mais tarde vieram alterando a silhueta girlie do inicio do desfile, em tons dourados vibrantes e envelhecido assim como um azul indigo, tom que também pintou os looks finais dos paetês, e que lembraram muito o jacquard. Em um vestido lindíssimo a renda chegou a aparecer, brincando com a transparência e a sensualidade dessa guerreira séria, como se em algum momento ela tivesse esquecido a armadura e mostrado que por baixo de toda a marra ela era uma mulher delicada e frágil, assim como é a renda, que aqui brinca de ser lingerie. A alfaiataria ganhou reforço geométrico em longas caudas retangulares e fortes, assim como a força da proporção das barras das sobreposições. As túnicas revisitadas ganharam ares glamourosos com um trabalho lindíssimo usando uma padronização de pequenas pirâmides, ficou super clean e forte. O poncho, tendência internacional, teve seu momento na batalha. No final veio os looks com paetês grandes escamados - que visualmente lembraram as malhas de metal usada pelos vikings nas batalhas por debaixo das armaduras pesadas - arrematou perfeitamente a modelagem inusitada de um macacão-vestido, que não se sabe se foi sobreposição ou se de fato uma peça só. Um escândalo. 

O exército de guerreiras apareceu no final, na linha de frente prontas para o combate direto, armadas com força, personalidade e muita elegância.























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